Ser líder é mais do que tomar decisões e guiar uma equipe. É carregar nas costas a responsabilidade por cada resultado, cada detalhe, cada “e se?”
A gente fala muito da sobrecarga invisível dos trabalhos de cuidado (e com razão!), mas e a carga mental da liderança? Aquela pressão constante de coordenar, antecipar problemas e se sentir responsável por tudo, mesmo quando não está executando diretamente. Não é à toa que o Burnout bate tão forte nas pessoas que lideram.
E pra mulher, esse peso costuma ser ainda maior. Porque, além da pressão natural do cargo, muitas vezes é preciso provar o tempo todo que ela merece estar ali. Que é competente o bastante, firme o bastante, empática na medida certa — sem nunca “exagerar”. A carga de trabalho costuma ser maior, o esforço para ser reconhecida, dobrado. E as cobranças? Frequentes e, muitas vezes, contraditórias.
Mas será que assumir um cargo de gestão precisa significar abrir mão da saúde mental? Não. E o primeiro passo pra mudar isso é reconhecer que liderança também é um trabalho emocional — e que ele exige suporte.
Uma empresa com cultura organizacional forte não joga a responsabilidade toda no colo da líder. Ela oferece estrutura, delega com confiança, promove autonomia da equipe e, acima de tudo, entende que produtividade não é sinônimo de sobrecarga silenciosa.
Se você é líder, respira: você não precisa dar conta de tudo sozinha. Que tal a gente começar a normalizar pedir ajuda, redistribuir tarefas e, principalmente, cobrar ambientes que não romantizam o “estar sempre no controle”?