Toda vez que apresento uma proposta de trabalho ou monto um relatório, me vem à cabeça a sensação de que o uso do termo “influenciador digital” já está tão desgastado – e é tão pejorativo em tantos casos – que faz muito sentido repensá-lo.
O que todas essas pessoas têm em comum é a sua capacidade de produzir bons conteúdos que, por consequência, acabam influenciando a tomada de decisão das pessoas. Se, na verdade, você não tem controle sobre a influência que exerce, então você não pode se denominar um “influenciador”, concorda?
Sobre o que você tem controle? Sobre o conteúdo que você cria. Então você é, de fato, um criador de conteúdo, ou um “creator”, termo que é usado pelas redes sociais para designar as pessoas que a gente costuma chamar de “influenciadoras”. Mas eu não sou o creator (prefiro o português) dessa ideia. Aliás, eu não sei quem é e isso não importa muito.
Mas como o algoritmo não brinca em serviço, hoje eu quero compartilhar com vocês as ideias da primeira pessoa que eu vi postar sobre isso: a @backtobeatriz, do EXCELENTE perfil @theculturalcast. Enquanto eu pesquisava sobre influência digital, achei o post que ela fez recentemente sobre o assunto e decidi compartilhar as ideias muitíssimo bem sacadas que ela levanta:
E aí? O que você achou?
Faz um tempo que eu escrevi aqui no blog do Conversa um artigo sobre a importância de cocriar com seu cliente, e algumas das coisas que eu disse nele podem ser perfeitamente adaptadas para a relação com os influenciadores criadores.
1. Ofereça inputs e deixe a criatividade fluir
Uma das principais estratégias para uma parceria relevante com um criador de conteúdo é brifá-lo muitíssimo bem, mas sem podar sua criatividade. Criatividade é a capacidade de fazer conexões únicas, e este é o produto do criador: as conexões que só ele é capaz de fazer.
2. Criatividade a mil ≠ objetivo em 2º lugar
Não é porque a criação está liberada que o objetivo proposto deve ser abandonado. É possível fazer excelentes conteúdos que, ao mesmo tempo que cumprem o papel de adaptar sua mensagem a um determinado público, podem integrar a engrenagem mercadológica com métricas palpáveis de sucesso.
3. Não force o antinatural
As pessoas seguem empresas, obviamente, mas elas seguem, sobretudo, pessoas. O seu negócio precisa chegar ao coração das pessoas e, para isso, nada substitui a humanização do conteúdo.
Mas se isso não é natural para você, por exemplo, não é preciso participar diretamente da ação. Resista à tentação de participar da ação se você não estiver confortável. As pessoas percebem e pode ser um tiro no pé aparecer sem estar preparado.
Dica: acesse o @theculturalcast e curta o perfil. A gente tá gostando de acompanhar e você vai gostar também! 😉
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Que outras dicas você tem?
Rodrigo Rocha é jornalista e sócio do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada