Um estudo realizado em março deste ano, pela Edelman, em 13 países, inclusive o Brasil, revelou que 83% dos consumidores esperam que o setor de saúde desempenhe um papel significativo para garantir que eles sejam o mais saudáveis possível, seguido de perto pelo setor de alimentos e bebidas (77%), tecnologia (74%), varejo (64%) e finanças (60%).
Inusitado? Nem tanto. A correlação entre um estilo de vida mais saudável e as marcas não é uma novidade e qualquer uma, de qualquer setor, pode perfeitamente trabalhar esse viés em sua comunicação.
Segundo os brasileiros, a inflação alta e as restrições impostas pela pandemia foram os aspectos que mais prejudicaram sua saúde nos últimos tempos. Já entre os maiores empecilhos para o cuidado com a própria saúde aparecem, de forma geral para todos os países, os custos relacionados a isso e o pouco acesso à informação confiável e de qualidade. Num mar de informações da internet, as pessoas carecem de fontes seguras, e esta continua sendo uma ótima oportunidade para as marcas.
Além disso, quando as pessoas pensam sobre serem saudáveis, 91% delas acreditam que a saúde mental é o aspecto mais importante no momento, inclusive acima da saúde física, que aparece em segundo lugar com 88%, seguida pela saúde social com 83% (ter com quem conversar abertamente, ter pessoas que se importam consigo e não ser discriminado), e pela vida em comunidade (viver numa comunidade limpa, segura, pacífica e num planeta saudável), com 79%.
Outro dado que impressiona: apenas 49% das pessoas entrevistadas no Brasil dizem acreditar que as informações sobre cuidados com a saúde disponibilizadas pela mídia são confiáveis. Enquanto médicos, enfermeiros, família e amigos seguem liderando o ranking mundial de fontes mais seguras de informação sobre saúde, os CEOs das empresas aparecem em 10º lugar com 2 pontos a mais na lista do que no ano passado, e tendência de crescimento. Olha aí a oportunidade!
Mais dados importantes
- 64% das pessoas afirmam considerar o impacto da marca, dos seus produtos e das suas práticas comerciais na saúde das pessoas na hora de fazer uma compra.
- 77% acreditam que o CEO de sua companhia deve falar sobre saúde mental no trabalho.
- 78% acreditam que o CEO também é responsável por moldar a cultura de respeito aos limites entre trabalho e ócio.
- 83% acreditam que seu empregador deve ter políticas de prevenção ao burnout.
A íntegra da pesquisa da Edelman (em inglês) está disponível neste link. Acesse, faça o download e leia. Tenho certeza de que novos insights poderão surgir para o seu negócio!
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Rodrigo Rocha é jornalista e sócio do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada