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O machismo ainda tão presente entre os gays. Como podemos acabar com ele? 

O machismo ainda tão presente no meio gay. Como podemos acabar com ele

Confesso que esse foi um dos artigos mais difíceis de escrever, pois não se trata apenas de pesquisar por situações para ilustrá-lo ou fazer análises de algum assunto para chegar a uma conclusão final. Foi preciso exercer uma autocrítica, o que considero necessário para que a gente possa evoluir como seres humanos e se somar à luta de todas as mulheres. Mas vamos lá!

Estamos na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher e, por mais que no mundo gay haja essa postura mais solidária no combate ao machismo, ainda é notável a quantidade de falas e atitudes tão questionáveis em relação ao corpo e ao comportamento feminino e às mulheres no geral. Seja com alguém que faça parte do seu ciclo de amizades ou com figuras públicas. 

Segundo a psicóloga Simone Januário, por mais que homens homossexuais costumem ter mais empatia com grupos vulneráveis como o das mulheres, o comportamento machista é ainda enraizado no cotidiano. A especialista também afirma que, por mais que essa população tenha uma proximidade maior com o mundo feminino, isso não a isenta de reproduzir comportamentos ofensivos e depreciativos às mulheres.

Ser machista no repúdio à vagina

Comentários do tipo “que nojo”, “não chego nem perto”, além de piadas sobre o órgão genital feminino, são comuns entre homens homossexuais. Claro! Não sentir atração pela figura feminina e seu órgão genital é normal, no entanto, essa repulsa é um comportamento machista. 

E, aqui, não falo apenas relacionado às mulheres cis, mas, também, aos homens trans. O comportamento, nesse caso, vai além do machismo, se tornando transfóbico, pois, automaticamente, está eliminando qualquer possibilidade de se relacionar afetivamente com uma pessoa em razão de sua genitália e, assim, colocando-a em condição de inferioridade.

Ainda sobre o corpo feminino

Por mais que sejamos homens gays, não estamos livres e nem autorizados a encostar no corpo feminino quando bem entendermos. Não é natural uma mulher terminar o banho e ao querer trocar de roupa a gente utilizar de argumentos de “qual o problema em te ver trocar de roupa? Não sinto atração e não gosto do que você tem” ou querer passar a mão no corpo de uma mulher em uma festa qualquer, como uma forma de demonstrar intimidade, como se a ausência de intenção sexual desse a permissão do toque. 

Gosto de dizer que corpos são santuários e cada um sabe os seus limites. Da mesma forma que não gostamos que passem a mão nos nossos corpos em diversas situações, não devemos naturalizar passar a mão no corpo de mulheres ou achar normal ver os seus corpos nus, apenas por serem nossas amigas. É necessário ter respeito! É preciso ter bom senso e saber que relacionamentos, por mais que próximos, têm limites. 

Ser feminino não é ser errado

Foto: Envato Elements
Foto: Envato Elements

Faz muito tempo que o homem gay com comportamentos associados ao feminino é visto como algo “inferiorizado” dentro da comunidade. Por ter trejeitos femininos e se vestir de forma semelhante às mulheres, por exemplo, muitos homens gays os viam como pessoas que “queimavam” toda a comunidade. Muitos argumentos como “precisa ser discreto”, “se comportar igual homem”, “não dar pinta” eram e ainda são comuns.

Acontece que são justamente esses homens gays femininos os que mais lutam pelos direitos dessa população. Se hoje eu estou livre para ser quem eu quiser no ambiente de trabalho, em espaços públicos e tenho o direito de me casar com outro homem, é precisamente graças a essa população que cresceu ouvindo que é preciso esconder esse seu jeito de ser porque ele é errado.

Inclusive, em aplicativos de relacionamento é comum que essas atitudes sejam replicadas, muitas das vezes com descrições no perfil de quem não curte “afeminado” (que em si já é uma expressão machista), que são machos buscando por semelhantes e que só buscam por discretos. Esse é um conceito que ainda não consegui entender, a pessoa acha que a outra vai sair anunciando aos quatro ventos? O que é ser discreto?

Cobrança maior de mulheres

Se tem algo que venho me policiando há tempos é o quanto eu cobro mais das mulheres do que dos homens. E me refiro ao mundo pop. A maioria dos homens gays têm em suas playlists divas pops (Britney Spears, Madonna, Lady Gaga, Rihanna, entre outras) e por se tratar de mulheres que estão sob o olhar da mídia, prontamente elas precisam se esforçar o dobro do que os homens. 

É comum ver mulheres se preocuparem com figurinos, coreografias, cenários de palco e diversos outros fatores necessários para que uma performance seja inesquecível. Enquanto isso, do outro lado, vemos homens que se apresentam em grandes premiações apenas com regata, violão e não são cobrados da mesma forma. Esse é apenas um ponto para ilustrar, mas existem muitos outros. 

Um exemplo recente, é a apresentação da cantora Rihanna no Super Bowl, na qual após 7 anos sem performar, mesmo grávida, a cantora recebeu inúmeros comentários negativos sobre a sua performance, a maioria dizendo que ela poderia ter dançado mais, criticando o uso de playback e falando que ela poderia ter trocado de figurinos ao longo da performance. 

Basta assistir alguns documentários para perceber que essa pressão gera ansiedade em diversas cantoras pops, fazendo com que elas queiram atingir a perfeição em seus trabalhos e, na maioria das vezes, não se sintam suficientes.

Ah! E vale ressaltar aqui que trago o mundo pop como exemplo, mas é necessário estarmos atentos ao nosso cotidiano no ambiente de trabalho. Já presenciei diversas situações de homens gays praticando manterrupting ou mansplaining, por exemplo.

É preciso estar atento

Ser homem gay não nos isenta de praticar o machismo. Precisamos nos policiar e começar a reparar os nossos comportamentos a fim de não replicar essas atitudes ou falas. Um exercício que fiz ao começar esse artigo, foi perguntar para duas amigas se elas me acham machista e se teve alguma situação específica que elas lembram que eu possa ter sido machista com elas. 

Precisamos estar atentos em nossas ações, nos questionar e questionar o próximo. Não somos nós, homens gays, quem determina o que é ou não machista. Não adianta ler uma notícia ou presenciar uma situação e automaticamente concluir que não acredita que aquilo foi machista. 

Vamos ouvir e aprender com todas as mulheres, não apenas com as que estão ao nosso redor. Cabe a nós procurar ativamente por essas informações e buscar melhorar.

Assim como consideramos diversas práticas como homofóbicas, as mulheres também consideram diversas práticas como machistas. Nós não gostamos quando as pessoas ignoram como nos sentimos quando algo nos ofende, sendo assim, o mesmo deve ser utilizado quando se trata delas.

Bora fazer esse exercício diariamente?

Leia também: Não aguentamos mais: mulheres são as que mais sofrem com burnout

Para não errar mais! Aprenda o que é mansplaining, manterrupting, bropriating, manspreading e gaslighting

José Henrique é Coordenador de Comunicação e Eventos do Conversa Estratégias de Comunicação Integrada

Movimento da Fertilidade (SBRA)

Levamos informação sobre reprodução assistida a todo o país – com o apoio de
Ivete Sangalo!

Em 2018, a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) tinha um desafio: mobilizar a sociedade e envolver os profissionais a ela filiados para discutir, informar e estimular a população a preservar e cuidar da saúde reprodutiva. Com esse propósito, construímos, conjuntamente, o Movimento da Fertilidade, um evento realizado em 10 capitais brasileiras entre junho e agosto de 2018. 

Fomos responsáveis por toda a comunicação do projeto, da criação da marca à programação visual, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais e produção de conteúdo multimídia com registros em foto e vídeo.

As ações de comunicação do Movimento da Fertilidade conquistaram resultados além das expectativas:

  • Tivemos o apoio da cantora Ivete Sangalo (com mais de 100 mil pessoas alcançadas no Facebook);
  • Mais de 2 mil pessoas compareceram aos eventos presenciais em 10 capitais;
  • O Movimento da Fertilidade foi noticiado mais de 100 vezes nos principais veículos de comunicação do país como G1, O Globo, Bom Dia Brasil, O Dia, Extra, Jovem Pan e Folha de S. Paulo,  num total de mais de R$ 4 milhões em espaços ocupados na imprensa;
  • A estratégia de awareness rendeu 15% de crescimento na base de fãs do Facebook e 134% no Instagram em 2 meses, com mais de 200 mil pessoas atingidas pelas campanhas digitais.

Sinpol/DF

Comunicação 360: como aumentamos a visibilidade de uma das entidades policiais mais importantes do país?

Em 2017, assumimos o desafio de liderar a comunicação de uma das mais importantes entidades de classe policial do país, o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). 

Desde então, somos responsáveis pela comunicação interna, assessoria de imprensa, gestão de redes sociais, gerenciamento de crise, produção de publicações (revista, jornal e newsletter) e projetos especiais.

Com uma equipe de seis profissionais dedicada ao projeto, o Conversa conseguiu intensificar e afinar a comunicação da entidade com seus públicos-alvo e ampliar a visibilidade positiva das suas bandeiras e ações nas mídias local e nacional.

RESULTADOS 

  • 38 impressos produzidos, entre revistas e jornais.
  • 5.206 peças gráficas criadas.
  • 503 eventos com cobertura fotográfica.
  • 640 e-mails enviados, entre newsletters e outras ações.
  • 12.152 publicações no site.
  • 10.714 posts em redes sociais.
  • R$ 113 milhões em inserções na imprensa.

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Gabriel Granjeiro

O presidente do GRAN, Gabriel Granjeiro, nos desafiou a tornar as suas redes sociais um canal de conexão entre o Gran, seu público e os formadores de opinião. Para que isso se tornasse possível, há quase 6 anos cuidamos da estratégia e gestão dos canais digitais selecionados para construir a credibilidade da marca Gabriel Granjeiro: YouTube, Instagram, Facebook, LinkedIn e Telegram.

Nosso trabalho tem conquistado vitórias expressivas:

– Em 2 anos, alcançamos quase 14 mil seguidores no LinkedIn e contribuímos para o fortalecimento do Gran como marca empregadora;

– Cerca de 18 mil pessoas estão inscritas para receber conteúdos em primeira mão em seu canal no Telegram;

– Mais de 336 mil pessoas seguem Gabriel Granjeiro no Instagram, e mais de 315 mil são seus fãs no Facebook;

– Em quase 5 anos, o canal Imparável, no YouTube, já tem mais de 152 mil inscritos, e seus vídeos já foram assistidos quase 7,5 milhões de vezes;

– Aos 29 anos, Gabriel Granjeiro figurou em uma das listas mais cobiçadas do planeta: a Forbes Under 30, abrindo com foto de página inteira a categoria “Ciência e Educação”;

– Dois dos livros lançados por Gabriel Granjeiro chegaram ao 1º lugar entre os mais vendidos da Amazon na categoria “Educação” (versão Kindle);

– O Gran Cursos Online está entre as startups mais inovadoras da América Latina em 2 importantes prêmios: HolonIQ e Fast Company. Neste último, ficou à frente de empresas como o iFood.